A importância de um planejamento tributário

A tributação é um dos maiores desafios para os negócios brasileiros. Sendo o país com uma das maiores cargas tributárias e um sistema altamente complexo, o planejamento tributário é uma das atividades que podem definir se a empresa será lucrativa ou não.

Por ser tão importante, continue lendo para entender o que é, como escolher o melhor regime tributário e como esse planejamento impacta o seu negócio! Vamos lá?

O que é o Planejamento Tributário

O planejamento tributário é uma forma de reduzir a carga tributária das empresas através de vias legais. Assim, envolve estruturar o negócio de modo que possibilite escolher o regime tributário mais adequado, visando a economia.

Para tanto, é necessário um conjunto de estratégias, estudos, análises e ações coordenadas para reduzir os impostos devidos. 

Importante destacar que o planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, é uma forma legal de pagar menos impostos — totalmente diferente da evasão fiscal, que é o uso de meios ilegais para fugir da obrigação do recolhimento de tributos.

 O que é e a importância do planejamento tributário
Foto por Pexels

Por que é importante escolher o regime tributário correto?

Controlar as despesas da empresa é fundamental. Bem como orçá-las se faz necessário para entender a necessidade de capital e planejar o caixa da empresa.

Contudo, sem um planejamento tributário para a escolha do melhor regime para a empresa pode gerar divergências enormes entre o orçamento previsto e o realizado.

Assim, a escolha do regime tributário impacta diretamente no caixa e nos resultados da empresa, em especial:

  • Fluxo de pagamento: dependendo do regime, a forma de pagamento e as datas de vencimento são diferentes, necessitando de processos e até mesmo pessoas especializadas para contabilizar e pagar pelos impostos;
  • Resultados da empresa: a forma de contabilizar a tributação também são diferentes nos regimes, impactando significativamente os resultados contábeis do negócio;
  • Provisões de caixa: as provisões precisam ser realizadas conforme a previsão de impostos, que só é possível através de um bom planejamento, o que também irá impactar na capacidade de reinvestimento da empresa;
  • Custos e preços: a escolha do regime tributário também afeta a lucratividade dos preços e a contabilização de custos.

Ao passo que escolher o regime de tributação não é algo fixo, ou seja, basta definir uma vez e pronto. Pelo contrário, é necessário realizar a revisão anual, uma vez que o negócio está sempre evoluindo e tendo seus cenários modificados.

Por isso, o planejamento tributário é uma rotina anual que precisa ser realizada com bastante seriedade, pois como visto, a tributação tem fortes impactos em diversos pontos da empresa.

Qual o melhor regime tributário? 

Há 3 regimes tributários no Brasil, além do MEI que é um regime especial dentro do Simples Nacional. Cada um possui características específicas, bem como formas bem distintas de apurar e recolher os tributos. Vamos conhecer rapidamente cada um:

MEI

O regime tributário para MEIs é o mais simplificado existente, contudo o mais limitado. A grande vantagem desse regime é o baixo custo, uma vez que é pago cerca de R$ 60 por mês em impostos, invariavelmente.

Assim, o empresário não precisa se preocupar com impostos variáveis, alíquotas, reduções, faixas de impostos, etc.

Por outro lado, o MEI é bem limitado. Isso porque nesse regime não é permitido faturar mais do que R$ 81 mil por ano e ter mais de 1 funcionário.

Simples Nacional

Indo para o campo das micro e pequenas empresas, o Simples Nacional, como o nome indica, visa simplificar a coleta de impostos em uma única guia, a famosa DAS. Assim, todos impostos federais, municipais e estaduais são arrecadados, cobrados e fiscalizados de maneira unificada.

Além disso, dentro do Simples há os chamados Anexos, que definem as faixas das alíquotas que cada empresa deverá pagar sobre o faturamento. São ao todo 5 anexos, cada um englobando grupos de atividades e cada um possui faixas de faturamento que aumentam gradativamente e definem a alíquota a ser paga.

Como funciona os regimes tributários
Foto por Pexels

Lucro Presumido

O regime tributário de Lucro Presumido permite que as empresas façam a apuração simplificada do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Assim, como o nome indica, a Receita Federal irá presumir que uma porcentagem do faturamento é o lucro da empresa no período.

Nesse sentido, esse regime oferece uma simplificação da forma de calcular os impostos e gerir suas finanças. Além de possibilitar pagar menos impostos, caso a empresa tenha margens de lucro acima da média de mercado.

Por outro lado, o negócio corre risco de pagar mais impostos do que deve caso o lucro efetivo seja menor que as alíquotas.

Lucro Real

Por fim, o Lucro Real é o regime tributário “padrão”, mas é o mais complexo, uma vez que a empresa deverá apurar com alta precisão o lucro contábil e observar os ajustes da legislação.

Contudo, apesar de complexo, oferece uma tributação mais justa, bem como permite a obtenção de crédito do PIS e Cofins. Outra grande vantagem é que se a empresa reportar resultado negativo, ela ficará desobrigada a pagar os impostos sobre lucros.

Em geral, o Lucro Real deve ser apurado trimestralmente, mas as empresas também podem apurar anualmente.

Qual o melhor para sua empresa?

Enfim, qual será o melhor dentre essas opções para sua empresa? A escolha depende de diversos fatores, bem como se seu negócio atinge os requisitos para se enquadrar no regime tributário.

Vale destacar que:

  • Empresas com faturamento anual menor de R$ 78 milhões podem optar entre Lucro Real ou Presumido;
  • Negócios que faturam mais de R$ 78 milhões por ano ou desenvolvem atividade financeira são obrigados a aderir ao Lucro Real;
  • MEI é optante automático do Simples Nacional;
  • O Simples tem um teto de faturamento: R$ 4,8 milhões, acima disso a empresa deverá escolher entre Lucro Real e Presumido;
  • A empresa com menos de R$ 4,8 milhões de receita anual pode optar entre os três regimes, contudo a escolha não poderá ser revogada dentro do ano-calendário, ou seja, é possível alterar o regime apenas uma vez ao ano.

Além disso, em cada ano pode ser que um regime seja mais vantajoso, e logo no ano seguinte outro regime seja o melhor. Daí a importância da revisão anual.

O apoio de um consultor e do contador são cruciais para escolher o melhor regime para sua empresa. Isso porque escolher apenas pelos requisitos para se enquadrar ou qual é mais prático de apurar pode causar grandes prejuízos à empresa.

Em suma, o planejamento tributário precisa:

  • Avaliar todos os cenários de faturamento e lucro;
  • Observar possibilidade de créditos tributários;
  • Atenção às mudanças de legislação;
  • Calcular com cuidado os gastos.

Como o planejamento tributário impacta na estratégia de negócios? 

A escolha do regime é um passo crucial para ter uma empresa lucrativa. Afinal, a escolha errada poderá causar grandes prejuízos ao caixa do negócio.

Assim, o planejamento tributário vai muito além de apenas estimar quando de impostos a empresa terá que pagar em determinado período. Na verdade, esse planejamento tem influência direta na lucratividade, capacidade de crescimento, precificação, custos e liquidez da empresa.

Custos

Algo bem claro de se notar é como o pagamento de impostos pode pesar no caixa da empresa. Afinal, às vezes o negócio ainda nem recebeu pela a venda, mas já terá que pagar os impostos sobre a transação.

Precificação

Ligado aos custos, o planejamento tributário tem enorme impacto nos preços dos produtos e serviços. Assim, a escolha de regime errado pode fazer com que o negócio tenha que cobrar mais dos clientes, o que irá gerar diversos efeitos negativos.

Fluxo de caixa

Conforme a apuração e formas de pagamento, o fluxo de caixa da empresa pode ser comprometido. Afinal, sem um bom planejamento tributário não é possível estimar as provisões necessárias para pagar impostos.

Bem como a falta de planejamento impede que a empresa tenha capacidade para investir nela mesma. Assim, prejudicando o crescimento do negócio com recursos próprios — que são mais baratos do que um empréstimo.

Lucratividade

Enfim, o planejamento tributário também impacta a lucratividade da empresa. Seja positivamente, quando feito corretamente, ou de forma negativa.

Esses efeitos são a soma dos efeitos dos tópicos anteriores. Nesse sentido, se a empresa tem altos custos, precisará ter preços mais altos ou operar com margens apertadas para manter a competitividade.

Logo, o lucro da operação estará comprometido. Com margens tão apertadas, a necessidade de capital de giro é exacerbada, levando que o negócio tenha saldos em caixa elevados que poderiam estar sendo investidos ou tenha que correr aos caros empréstimos.

O contador é um parceiro estratégico do seu negócio
Foto por Pexels

A importância do apoio especializado no planejamento tributário

O Brasil possui um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, além de, segundo o boletim Competitividade em Foco de 2019, liderar o ranking de país com maior taxação sobre renda das empresas.

Logo, o planejamento tributário pode ser um verdadeiro desafio para os empresários, especialmente aqueles que possuem operações ou vendem para diferentes estados e municípios.

Nesse sentido, contar com o apoio do seu contador é crucial. Afinal, ele é o profissional mais preparado para conduzir o planejamento tributário, além de ser a pessoa mais atualizada sobre as constantes mudanças que ocorrem na legislação.

Por isso, conte com os especialistas em planejamento tributário da Nytrus Contabilidade para que sua empresa possa economizar com os tributos e ter uma saúde financeira perfeita! Clique aqui e entre em contato com um de nossos consultores!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *