Quando se pergunta a um empresário do setor de vendas online, qual a parte mais difícil do seu trabalho, ele dirá: a contabilidade para e-commerce. E isso tem um motivo!
A medida que seu negócio de comércio eletrônico cresce, suas finanças ficam mais complicadas. Vendas, devoluções, pagamentos de fornecedores, pagamento de tributos, impostos, taxas bancárias — todos os movimentos de entrada e saída de dinheiro precisarão ser devidamente categorizados, analisados e relatados às autoridades fiscais.
E é claro que isso dá um trabalho danado. E para falar um pouco mais sobre a contabilidade para e-commerce, e como tornar esse processo mais fácil para o empreendedor, preparamos este artigo. Vamos conferir?
Sua empresa é legalizada?
O primeiro passo quando se fala em contabilidade para e-commerce é legalizar o negócio. Infelizmente, é comum as pessoas acharem que vender coisas pela internet é algo simples, e que não precisa a formalização de uma empresa.
Aí que está o erro. Assim como uma loja física, uma loja virtual precisa ser legalmente constituída, com CNPJ, alvará, contrato social e tudo mais que diz respeito à formalização de qualquer negócio.
Ele até consegue realizar vendas apenas pelo CPF, mas não terá a devida credibilidade, e pagará valores maiores caso precise emitir notas avulsas. Com o CNPJ, ele poderá emitir notas fiscais pelas empresas, garantindo também mais segurança aos seus clientes.
E formalizado, ele passa a operar como empresa. Isso permite acessar algumas linhas de crédito para empreendimentos, além de passar a ter um planejamento para seu negócio.
Regime tributário
Outro ponto importante envolvido quando se fala em contabilidade para e-commerce está no regime tributário. No Brasil atualmente há o Simples, o Lucro Presumido e o Lucro Real. Há, ainda, a possibilidade de formalização como MEI (Microempreendedor Individual).
No caso do MEI, ele é o mais atrativo quando se trata de pequenos negócios. Porém, nesse modelo há uma limitação de faturamento anual, que em 2021 é de R$ 81 mil por ano (ou R$ 6.750 por mês de operação, caso a empresa não seja aberta em janeiro).
Também é importante lembrar que o MEI não pode ser sócio de outra empresa ou ter filiais, e só pode empregar um funcionário. Atualmente, o MEI que atua com comércio paga R$ 56 por mês de taxa.
Em razão dessa limitação — e também imaginando que você como gestor planeja ter um faturamento maior — será necessário formalizar sua empresa com outra característica.
Simples Nacional
Ao optar pelo Simples Nacional, que é voltado para empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, há outras tributações envolvidas, que variam entre 4,5% e 16,93%. Entre esses impostos, estão:
- IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI
- INSS (previdência)
- ICMS (estadual) e ISS (municipal)
Lucro Presumido
Outra possibilidade é o Lucro Presumido. Nesse modelo, é necessário que a empresa não ultrapasse o faturamento de R$ 78 milhões ao ano. Este é o segundo modelo mais acessado no Brasil, atrás apenas do Simples Nacional.
No Lucro Presumido, o Imposto de Renda e a CSLL possuem alíquotas definidas pela Receita Federal. Ele é considerado um regime tributário simplificado por permitir que a Receita Federal determine a base de cálculo desses impostos apenas com base nas receitas apuradas pelas empresas
Lucro Real
Por último, há a opção de escolher o Lucro Real. Em geral, ele não é a melhor opção para e-commerce, e é destinado para empresas que faturam mais de R$ 78 milhões por ano.
Nesse regime tributário, são considerados os resultados finais da empresa, sobre os quais são calculados a receita menos as despesas para se chegar aos valores dos tributos.
Emissão de nota fiscal
Como mencionamos acima, uma empresa estruturada emitirá notas fiscais para seus clientes. E esse é outro aspecto importante quando se fala em contabilidade para e-commerce.
Por isso, é preciso preenchê-la corretamente, compreendendo ainda quais os tipos de operações e classificações fiscais que se enquadram na atividade exigida pelo negócio.
Todas essas informações precisam ser feitas de forma correta, seguindo uma rotina contábil e tributária. Vale lembrar ainda que será necessário gerar documentos, arquivos digitais e relatórios. Tais passos são importantes para o pagamento correto de tributos, evitando erros futuros com a Receita Federal.
Conte com uma contabilidade para e-commerce
Como você acompanhou até aqui, a contabilidade para e-commerce de fato é bastante complexa, e requer conhecimento na área. Erros não podem ocorrer, sob pena de pagamentos de multas pelo não recolhimento de tributos.
E nesse sentido, contar com uma contabilidade ao seu lado pode ser um grande diferencial competitivo. Melhor ainda se ela já tiver experiência na área do comércio eletrônico. E isso tudo você encontra aqui na Nytrus Contabilidade.
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