E-commerce, ou comércio eletrônico em sua tradução, é um dos setores da economia que mais vem crescendo. Diversas das grandes empresas estão integrando seus negócios para terem seu pé nessa era digital também.
Ademais, a transformação digital vem mudando drasticamente os hábitos de consumo das pessoas. Agora, muitas das coisas são feitas através da internet, inclusive as compras de produtos e serviços.
Portanto, se você chegou nesse artigo é porque deseja saber mais sobre como funciona esse mercado, certo?
Então, continue lendo que você vai saber sobre:
- O que é o E-commerce?
- Vantagens e desvantagem
- Algumas estatísticas do E-commerce no Brasil e no Mundo
- Quais os canais de venda de uma loja virtual?
- Qual a diferença entre o e-commerce e marketplace?
- Os tipos de operação do e-commerce
- A possibilidade de crescer seu negócio físico através do e-commerce
- 8 passos para começar um e-commerce
- 16 ideias de e-commerce
Vamos lá?
O que é o E-commerce?
O e-commerce tem um surgimento muito curioso, e vem lá da década de 1970 por estudantes de Stanford e do MIT que aproveitaram da antecessora da internet, a ARPANET (que tinha sido desenvolvida pelo Departamento de Defesa americano) para venderem maconha entre si.
Essa foi a primeira demonstração do potencial de uma rede de computadores interconectados poderiam vir a ser a nova forma de comércio.
Mas, para chegar em um nível que podemos comparar o mercado digital de hoje, teremos de avançar até 1992, quando as primeiras empresas de compras online começaram a lançar seus websites.
Foto por Matt Mech @ Unsplash
Em 1995 tivemos a fundação de empresas como Amazon e eBay e, em 1999, o grupo Alibaba.
Portanto, como percebemos, o e-commerce nada mais é que a compra e venda de produtos através de um site, uma loja virtual.
Com a evolução desse mercado, tivemos a criação dos Marketplaces, que podemos compará-los aos shoppings que em seu espaço agrega diversas lojas de diferentes donos para vender seus produtos.
Assim, o marketplace é o intermediário entre consumidores e vendedores. Sabe quando você entra para comprar no site da Americanas, Amazon, Magazine Luiza, OLX e Mercado Livre? Então, você está na verdade entrando em um shopping virtual.
Nesses sites você pode comprar basicamente tudo, desde roupas a peças de carros de diversos vendedores.
Portanto, esses sites não te vendem diretamente o produto, mas te conectam com o vendedor e fazem a garantia de entrega e processam os pagamentos.
Ademais, isso é benéfico tanto para o consumidor, que tem uma variedade de produtos em um mesmo lugar com mais segurança, e para o vendedor que consegue uma estrutura pronta, fácil de gerenciar e visitantes.
Mas, devemos nos lembrar que não é apenas de produtos físicos que o e-commerce sobrevive. Podemos encontrar outros produtos e serviços totalmente digitais, como:
- Cursos onlines;
- Livros digitais;
- Sistemas de gestão;
- Música;
- Serviços de streaming;
- Jogos.
Enfim, uma infinidade de opções. Ah, e isso não é só para serviços de varejo. Ou seja, é possível encontrar e-commerce focado na venda para empresas, desde matéria-prima e maquinários a serviços de contabilidade e consultorias.
Vantagens e desvantagem
Vantagens:
- Loja aberta 24 horas;
- Custos de infraestrutura bem menores que loja física;
- Vendas para todo país;
- Mais comodidade para os consumidores;
- Investimento inicial pequeno;
- Poder acompanhar os resultados do negócio em tempo real e facilmente;
- Estudo sobre os consumidores de modo mais preciso;
- Integração com outros canais de vendas;
- Melhor experiência do consumidor.
Desvantagens:
- Mais difícil de criar sua reputação na internet;
- Necessário organizar uma logística eficiente para entregas;
- Estar sempre se atualizando sobre técnicas de SEO;
- Precisa investir em Segurança da Informação;
- Muitos clientes ainda têm receio de comprar e não receber o produto.
Enfim, podemos ver que apesar das desvantagens de um e-commerce, os pontos positivos são suficientes para fazer que todas as empresas tenham sua presença online.
Além do mais, alguns dos pontos negativos hoje podem sumir no futuro conforme nossas tecnologias vão avançando.
Algumas estatísticas do E-commerce no Brasil e no Mundo
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro em 2020 deverá ultrapassar a marca de R$ 100 bilhões em faturamento, um aumento de 18% em relação a 2019.
Ademais, ainda segundo a ABComm, está estimado um volume de movimentação de pedidos no mercado eletrônico na ordem de 342 milhões de pedidos.
Pelo relatório WebShoppers edição 42, desenvolvido pela empresa Ebit, demonstra que o primeiro semestre de 2020 em comparação com o primeiro semestre de 2019 teve um aumento de 39% nos pedidos.
Enquanto isso, ainda segundo o WebShoppers, o ticket médio do e-commerce volta a subir em 2020, tendo um aumento de 6% em relação ao primeiro semestre de 2019.
Junto à isso, a primeira metade de 2020 viu mais de 7 milhões de novos consumidores comprando nas lojas virtuais.
Apesar da pandemia, o consumo no e-commerce teve um forte crescimento, batendo recordes de faturamento e pedidos.
Aliás, o relatório da Ebit traz uma informação bem curiosa: o varejo offline no primeiro semestre de 2020 cresceu 13% em relação ao mesmo período em 2019. Enquanto isso, na mesmo período de análise, o e-commerce cresceu 47%!
Enfim, percebemos que o mercado digital está cada vez mais aquecido e com crescimento expressivos, apresentando diversas oportunidades para novos negócios, produtos e serviços.
Quais os canais de venda de uma loja virtual?
As lojas virtuais não estão limitadas a esperar o cliente digitar no Google um termo e apareça sua loja.
Portanto, temos vários canais de vendas:
- Anúncios no Google;
- Páginas de Facebook;
- Perfil no Instagram;
- Anúncios em Instagram e Facebook;
- Whatsapp;
- Marketplace.
Qual a diferença entre o e-commerce e marketplace?
Quando falamos sobre o que é e-commerce falamos ao mesmo tempo do marketplace. Eles são as mesmas coisas?
Sim e não.
O marketplace é um tipo de comércio eletrônico que agrega em um mesmo site vários vendedores. Portanto, ele funciona como um shopping online em que você consegue comprar de tudo sem precisar ficar visitando 10 sites diferentes, consegue promoções exclusivas, vantagens de frete entre outros.
Além do mais, esses marketplaces buscam trazer mais segurança também. Por exemplo, alguns desses sites você paga para eles e somente quando o produto chegar que o valor é depositado para o vendedor.
Enquanto isso, para o vendedor pode ser uma ótima maneira de conseguir aumentar suas vendas. Pois, como esses marketplaces possuem muito visitantes, há mais chances de alguém comprar de você.
Ademais, a infraestrutura que você precisa para vender fica ainda menor, podendo começar até mesmo site próprio para ter suas primeiras vendas.
Contudo, esse modelo às vezes pode ser um pouco problemático para os lojistas, já que seus produtos estarão do lado dos concorrentes, sem diferenciação.
Aqui no Brasil não é tão noticiado, mas no EUA a Amazon vem recebendo bastante crítica com seu marketplace. Tendo alegações de lojistas que a empresa utiliza da informação dos varejistas que vendem por sua plataforma para lançarem produtos próprios a preço mais baixo.
Assim, segundo os reclamantes, a Amazon estaria utilizando dessas informações para vender seus próprios produtos em detrimento dos parceiros que vendem em sua plataforma, sendo considerada por eles uma prática predatória.
Mas, apesar desse possível lado negativo, o marketplace vem crescendo cada vez mais e é um canal de venda importante para diversas empresas pequenas.
Os tipos de operação do e-commerce
Para o relatório da empresa Ebit, o WebShoppers, há três tipos de operação:
Bricks and Clicks: são os tradicionais varejos físicos que entram para o online. Podemos citar como exemplos Casas Bahia, Americanas, Magazine Luiza. Mas, não é só essas grandes empresas que estamos falando. Assim, aquela loja da sua cidade que vende roupas no centro, pode ter uma loja online também e isso seria uma operação Bricks and Clicks.
Pure players: são os varejistas que já nascem no e-commerce. Portanto, se você que não tem um negócio físico, começar sua loja virtual, seria um “pure player”. Afinal, seu negócio nasceria no mundo digital.
Fabricante.com: como o nome indica, são os fabricantes de produtos que criam uma loja virtual para vender diretamente ao consumidor final. Assim, o fabricante em vez de distribuir para as lojas venderem, ele também assume essa parte.
Mas, podemos falar de outras modalidades:
- B2B (Business to Business): venda de empresa para empresa;
- B2C (Business to Consumer): tradicional modelo de uma empresa vendendo para o consumidor pessoa física;
- C2C (Consumer to Consumer): esse é o modelo de vendas de pessoas para pessoas, popularizado pelas empresas Mercado Livre, OLX, Enjoei, entre outras.
- M-commerce: por ser cada vez mais expressivo no meio digital, o comércio por dispositivos móveis (como os celulares) ganhou termo próprio.
- Social Commerce: empresas como Facebook estão implementando lojas dentro de suas plataformas, assim sua página no Facebook também se torna um e-commerce.
Qual modelo você acha que seria interessante para sua ideia? Você já tem um negócio físico e está pensando em ampliar para uma loja virtual também?
A possibilidade de crescer seu negócio físico através do e-commerce
Um dos grandes movimentos que estamos vendo do varejo tradicional é o chamado Omnichannel, que é basicamente a venda por diversos canais.
Assim, as lojas físicas tem muito a ganhar ao lançar uma loja virtual. Dessa maneira, é possível:
- Atingir clientes além da sua região;
- Melhorar o giro de estoque;
- Crescer o faturamento;
- Ganhar mais credibilidade.
Ou seja, é totalmente possível ter uma loja de acessórios na avenida da sua cidade e vender os mesmos produtos pela loja virtual para clientes em todo o Brasil.
Nesse sentido, é você começa a crescer seu negócio com investimento inferiores a criar uma nova unidade, por exemplo.
Entretanto, é preciso ter maior cuidado na sua gestão de estoque, pois tendo os dois canais de vendas será necessário abastecer as duas vitrines para que não falte produto na sua loja física e nem na virtual.
Certo, entendemos tudo sobre o que é o comércio eletrônico e vimos agora como isso pode ajudar as pequenas lojas físicas a crescerem. Então, como você pode começar a sua loja virtual? Veja a seguir!
8 passos para começar um e-commerce
- Pesquisa: definir seu mercado, os produtos e qual é o seu cliente ideal.
- Nome e Identidade Visual: é o momento de dar uma cara para sua loja, defina um nome interessante e crie sua identidade visual para seus clientes facilmente te reconhecer.
- Modelo de negócio: é interessante descrever quais são seus planos com o negócio, mas não perca muito tempo nesse processo, afinal um planejamento sem execução é a mesma coisa que passar o dia dormindo — pode ser interessante, mas não traz resultado.
- Abertura da empresa (CNPJ): para atuar sem dores de cabeça, é essencial que você abra sua empresa, seja um CNPJ de MEI ou de microempresa.
- Registro do domínio: importante você registrar o domínio do nome da sua loja para as pessoas poderem acessá-la.
- Plataforma: para criar sua loja virtual será necessário contratar uma plataforma como Nuvem Shop, Magento, Tray entre outras. Há também opções gratuitas como Woocommerce.
- Processo de vendas e logística: agora é hora de você preparar sua loja para receber pagamentos e fazer envios. Importante você fazer um contrato com Correios para reduzir seu custo de frete;
- Marketing: por fim, momento de divulgar sua loja pelas redes sociais, anúncios do Google e etc. Não esqueça de acompanhar os resultados e revisar seus planos.
Se você ainda não tem uma loja física ou ideia alguma de qual negócio criar, vamos te dar uma ajudinha com alguns exemplos, confira!
16 ideias de e-commerce
Quer começar seu negócio digital, mas tá faltando aquela inspiração para desenvolver sua ideia? Aqui vai 16 exemplos para você:
- Anéis e joalherias feminina;
- Camisetas sobre filmes;
- Livros de ficção científica;
- Suplementos alimentares;
- Vitaminas em cápsulas;
- Canecas sobre séries;
- Roupas de corrida;
- Vinhos;
- Óculos de sol;
- Bonés personalizados;
- Convites feito artesanalmente para casamentos, festas e formatura;
- Petiscos light para atletas;
- Facas especiais;
- Relógios femininos e masculinos;
- Brinquedos para cachorros;
- Almofadas personalizadas;
E aí, pronto para começar a empreender?
Autor: Daniel Oliveira Cunha